segunda-feira, junho 02, 2008

Escritor convidado

Rodrigo Batata é treinador de futebol radicado em Manchester. Além de ser meu amigo ele também é o autor deste texto. Ou seja: essa pica não é minha.


OS SETE PECADOS CAPITAIS OU O MANUAL DE COMO TIRAR CALCINHAS, EM 7 PASSOS

O pecado está arraigado nos hábitos humanos, assim como o costume de se fazer lista para tudo. Desde os tempos mais longínquos fazemos listas e uma delas é muito famosa, a lista dos sete pecados capitais: vaidade, inveja, ira, preguiça, avareza, gula e luxúria; essas são as mais reveladoras características da humanidade.

Então por que não transformar os pecados em algo efetivamente bom? Você pode argumentar que isso não é das tarefas mais fáceis, assim como conquistar uma mulher. Mas tudo pode ficar mais simples se você colocar essas músicas para tocar.

Não existe “pecado” maior do que deixar uma mulher sair, como diria um amigo meu, impune. Portanto, nesses momentos de vacilo, ou quando o negócio realmente estiver esquentando, nada melhor do que pecar, digo, tocar... uma música, é claro!

E esta seleção, meu amigo, foi muito bem planejada. Veja bem...ficou apenas no campo das idéias... em nenhum momento ela foi colocado à prova, assim, como uma compilação, mesmo. O que posso dizer é que fiz apenas um trabalho jornalístico de coleta de informações de terceiras.

Enfim...chega de explicações e vamos ao que interessa: o manual.

Naquele momento em que você está tentando conquistar aquela princesa, nada como colocar uma musiquinha. Por que não colocar uma canção que estimule os sentidos, se é que você me entende. Por que, afinal de contas, você é um ser humano e, como qualquer outro, está sujeito a cometer uns deslizes, a pecar.

Pois você pode começar com a vaidade; não sua, mas a dela. Ray Charles era cego, mas não era bobo. “Night time is the right time” é praticamente uma ode à pretendente da vez. Esse momento de, digamos, elogios, pode vir sucedido de uma preguiça momentânea. Aquela em que você se finge de bobo para deixar a moça tomar as rédeas, definitivamente. “Let’s stay together” é o que você mais quer, pelo menos por essa noite.

A coisa está realmente esquentando, e aí, eis que entra a inveja, com Fleetwood Mac, em “Dreams”. Porque aqui ela realmente começa a perceber que, apesar de achar que está no comando, quem é o gerente é você, afinal o trovão só acontece quando chove.

Agora, parceiro, está na hora do jogo mau, ou “Wicked game”. Se você nunca viu esse clipe, veja. Trata-se de um dos mais lascivos clipes da história, portanto, luxúria pura. The world was on fire and no one could save me but you. Se ela entender esta primeira frase, será um caminho sem volta.

Agora o controle está oficialmente nas suas mãos, braços, pernas...E para manter o domínio você tem que conter os gastos, ser um pouco avarento. Com “In the waiting line” você pode dar aquela respirada, para se preparar para o próximo passo, com muita ira. “Give me a reason” to love you, do Portishead, é a pergunta que ela faz, porque neste ponto ela já não quer mais saber desse joguinho de gato-e-rato.

É hora do ataque soviético. Você, neste momento, vai agir como se fosse o Padre Luiz Flavio Cappio depois de sair da greve de fome. Serás guloso; e “Let’s get it on”, meu irmão, é a síntese de tudo aquilo que já foi dito aqui – o título da música já diz tudo.

Agora é aproveitar...

Depois, como ninguém é de ferro, tem também o bônus, que aqui, tem apenas a função do relaxamento, uma vez que os pecados acabaram. “Be my baby”, na versão de John Lennon, é arrebatador para a conquista.

A partir daqui o que vale é o descanso e para dar prosseguimento “Lullaby” (canção de ninar) é uma boa pedida, seguida de “Distractions”, do Zero 7, já que o sono te pegou.


PS: Este texto é apenas uma brincadeira, mas a compilação tem alto potencial conquistador. Use-a sem parcimônia!

NOTA DO EDITOR: Macy Gray também não falha nunca.

1 Comments:

At 20:51, Anonymous Anónimo said...

boa, batata!

 

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