quarta-feira, março 22, 2006

Guarda-chuva. Ou não.

Se alguém souber onde vende guarda chuva, por favor me avise. A princípio, não faço idéia de onde comprar um guarda chuva. Num supermercado, numa loja de conveniência, numa banca? Não sei. Até guarda sol é mais fácil. Você vai numa loja de coisas pra praia e pronto. Lá está seu guarda sol, suas cadeiras de praia, esteiras, etc. Mas não existe loja de coisas pra chuva. Talvez em Quito. Só. Porque teoricamente é no Equador onde mais chove no planeta. E em Londres também. Mas enfim, essas lojas não existem por aqui e ainda não sei onde comprar um em caso de emergência.

Agora, extraoficialmente, eu sei onde comprar um guarda-chuva: vendedores ambulantes. Se os índios deixaram alguma herança pro povo brasileiro, foi a capacidade de prever a chuva. É impressionante como esses caras brotam minutos antes da tempestade. E é só no caso de tempestade mesmo, porque quando a chuva é fraca eles aproveitam pra se desfazer das capinhas de plástico. Aliás, existe uma dúvida que ninguém sabe responder direito: você se molha mais andando na chuva ou correndo? Eu respondo: usando a capinha. Elas são muito não práticas. Sem falar que é o produto que inflaciona mais rápido do mercado. Mercia até menção no Guinnes. Antes da chuva, uma é R$ 2 e três é R$ 5. Durante, uma é R$ 10 e duas é R$ 25. Duas por R$25? É, isso mesmo. No desespero da chuva qualquer coisa parece um bom negócio.

Mas enfim, não vou falar mal só da capinha porque guarda-chuva também não é lá tão mais eficiente assim não.

Primeiro que eu nunca vi um guarda-chuva que abre fácil. Não existe. Taí uma oportunidade pra lançar um produto e ganhar muito dinheiro. (Só não esquece de abrir uma loja também). Porque é sempre assim: a chuva começa a milhão e você lá, numa cena que só não é mais patética, porque todo mundo que tem um guarda-chuva também está tentando abrir o seu.

Lógico que quando você consegue, a chuva já deu aquela amenizada. E aí vem a pior parte. Sempre aparece alguém querendo uma “carona”. Poucas coisas irritam tanto quanto carona de guarda-chuva. Ficam alí, duas ou três cabeças coladas uma na outra, andando a 2 por hora e sem conseguir ver pra onde estão indo. Aí as poças, telhas e galhos de árvore se divertem. E você tomando chuva de todo lado, porque só 3% do seu corpo está coberto pelo suposto guarda-chuva.

Isso, claro, sendo otimista. Porque, na real, não dá nem pra cogitar a possibilidade de sair de casa todo dia com guarda-chuva. Só celular, carteira e chave já incomadam o suficiente. Ou seja, a chance de você sair com guarda-chuva no dia certo é muito próxima a 0. Até porque, você deve ter descendência européia e não indígena.


Colaboração: Beatriz Sanches (tks baby)

4 Comments:

At 11:15, Blogger semudei said...

Olha, esse negocio de contar com a colaboração de outrem, é brincadeira, hein?

num sabe escrever sozinho, não escreve!

vc eh um redator ou um rato?

 
At 20:11, Anonymous Anónimo said...

Para de implicar c/ ele!
TKSSSSSSSSSSSSSS Sweety!
Bléééééé... Lui!

 
At 22:11, Anonymous Anónimo said...

Dxos, olha soh, teu blog ta crescendo! Ja possui leitores assiduos do outro lado do mundo!

Continua roubando material do Seinfeld, hein?

"What's up with airplane peanuts?!"

Abrass, velho...

 
At 11:13, Anonymous Anónimo said...

MUITO BOM!

 

Enviar um comentário

<< Home