Uma não muito estranha no ninho
Depois que a gente começou a escrever aqui, foi engraçado ver nossos amigos sugerindo temas para textos. Parece que, de repente, eles começaram a reparar nessas pequenas idiotices do dia-a-dia que merecem, no mínimo, algum comentário. Mas teve uma fã/tiete que foi um pouco mais além: resolveu também se arriscar numa crônica. E como o texto envolve duas das minhas maiores paixões - o futebol e a autora - achei que seria legal colocar aqui. Parabéns Bi, ficou muito bom!
PS: Não que eu compartilhe da mesma opinião, ok?
Polemicagem 1: Política da bola e circo.
Domingo é final de campeonato. Pergunta: "Que campeonato?!". Não interessa, qualquer um. Ahhhh é diferente do da semana que vem, imperdivel porque acontece só domingo, independetemente de q tenha um a cada domingo.
Descobri que existem muitos campeonatos: Paulistinha, (o q me faz a pensar q qq outro estado tb tenha o seu), o Brasileiro, o das Américas, aí tem o Mundial, não o bastante tem a Copa, e as Olimpíadas (embora eu não entenda, pq parece q se não tivesse nas olímpiadas não faria quase diferença. Se pressupõe que futebol não precise nem ser esporte mais)
E isso num é esporte. Pelo jogo no estádio, parece show de rock. Pela torcida na paulista, manifestação estudantil (antes fosse, pelo menos mudava alguma coisa). Pela venda de camisetas, moda (pq sim, torca-se de camiseta assim como a coleção de outono-inverno muda todo ano e é sempre a mesma). Pela bola, que é sempre redonda, mas impressionantemente sempre tem como mudar alguma coisa, parece marketing. Pelos jogadores de futebol, que vendem de sabão à chiquete, é no minimo show bussines. Pelos casamentos feitos, refeitos e trifeitos, parece no mínimo um bom negócio.
Mas realmente vamos focar o problema, se um cara assistisse o jogo, gritasse gol, e se sentisse prenchido emocionalmete por isso, não teria nenhum problema. Mas num é assim. A indústria futebolistica só funciona em grupos. Pra que assistir jogo, se num é pra falar no dia seguinte pro porteiro que ele perdeu, ou vice versa?
Quando a bola rola todo mundo é igual, torce pra mesma causa, que é um gol. Só, simplesmente, um gol. Todo mundo poderia torcer pra mesma causa, a irradicacão da fome no mundo, o fim do analfabetismo… todo mundo é igual perante a corrupção do congresso, mas isso num daria assunto de elevador.
Já diria Rita Lee "Quem quer trocar a copa do mundo, por um país sem vagabundo?" Em ano de Copa no país da Bola, não há eleição, CPI ou qualquer coisa. Em terra de bola, só se rola, se enrola, enrola...
Por Bia